Brancos 7, Pretos 5 - O empate teria sido mais correcto, não se fez justiça. João Campos voltou a ser REI (4) e Joli foi príncipe (3).

Brancos - Ricardo, Artur Calado, Emanuel(1), Morais, Fernando(1), Miguel Bastos, Joli(3), João Nuno(2), Pedro Ramalheira e Jorge Rebocho

Pretos - Zé Carlos, Rui Beijinho Hércules, João Campos(4), Nuno, Gueve(1), João Sardão, Neves, Ricardo Marques novo e Abel.

Começo por pedir desculpa pelo atraso da reportagem. Coisas da vida...

Uma tarde maravilhosa, cheia de Sol. Talvez por isso apareceram 19 jogadores, muita gente para este campo. Jogámos todos pois claro, apesar dos protestos justificados de alguns jogadores. Caímos no vellho dilema de dizer NÃO a alguém a quem vamos pedir esmola nos dias de pouca gente??!!...Não é fácil esta gestão.

JOGO:

O primeiro golo só aconteceu aos 18 minutos e foi da autoria do Gueve, por sinal um remate belíssimo de meia distância e de excelente execução. Parabéns por este remate.Perfeito. E não era fácil!...
0-1 portanto - golo do Gueve

Esta falta de golos anormal é justificada pelo equilíbrio dentro do campo, embora se notasse de facto alguma superioridade dos brancos que tinham um jogador a mais.
Os brancos atacavam mais ee mais à vontade.
Porém, quando os pretos subiam no terreno, faziam-no com mais solidez, maior consciência e perigo.
Não era pois justo que os brancos tirassem vantagem da superiorridade numérica.

Mas o empate surgiu:
1-1 - João Nuno marca e inicia aqui uma excelente exibição.Aos 31 minutos. Embora no início desse a a entender algum cansaço, a verdade é que disparou para uma joga monstra. E foi por muitos classificado como o melhor em campo. Jogando basicamente na defesa, subiu regularmente, colaborando em quase todos os ataques brancos sem abandonar a defesa. Como é possível? Perguntem-lhe.

1-2 João Campos coloca os pretos em cima aos 41 minutos. Foi um excelente golo de cabeça merecedor de fotografia. E retratava a solidez das investidas pretas. Mas chegou o intervalo com este resultado.

INTERVALO Brancos 1, Pretos 2.


Foi negada a hipótese de passar um jogador branco para o lado preto, ficou tudo como estava, os pretos em desvantagem numérica.

2-2 - E na verdade logo aos 2 minutos o Joli consegue o empate. Uma máquina.

E foi nesta altura decisiva que aconteceu o lance do jogo. Nuno sobe no terreno com o objectivo de colaborar no ataque. E numas dessas investidas consegue marcar um golo maravilhoso, um remate apenas defensável para um profissional dada a violência do disparo.
Porém...o golo é anulado para espanto de toda a gente. Eu (repórter) confesso nada ter percebido. O golo pareceu-me inteiramente legal. Mas obedeci, pois claro.
Só no café me foi explicado que o Rui Beijinho confessou que o seu colega Gueve tinha feito uma falta. Espanto, continuo a ter dificuldade em entender. Super honestidade? Nos tempos que correm? Só se forem os políticos...
Um golo maravilhoso anulado por motivos misteriosos e que viriam a influenciar decisivamente o evoluir do resto do jogo. Claro que o Nuno não gostou; nem os seus colegas, claro.São assim as nossa regras e nada mais.
Mas  a seeguir acontece o seguinte:

2-3 - João Campos, de cabeça e na sequência de um canto, volta a fazer um belíssimo e oportuno golo. Muito bem.

3-3 Emanuel faz o golo do empate.

Pouco de pois acontece outro fenómeno: o guardião Zé Carlos atira-se para o chão, repito, para o chão, para defender uma bola. Aproveito para dizer que foi uma agradável surpresa ver as defesas deste guarda-redes. Para quem esteve tão mal no jogo anterior foi motivo de alegria ver esta exibição. Não apenas por este mergulho violento, como também pela excelência de outras seis defesas pouco habituais. Já não víamos um guarda-redes ir ao chão...talvez há uns anitos... ah ah...

4-3 - João Nuno. Em crescendo. Grande, a encher o campo. E a baliza. Esforço heróico. Parabe´sn especiais para o João Nuno por esta joga monstra. Os meus parabéns, sim senhor.

5-3 Fernando. Surpresa? não! O Fernando anda sempre à espreita da possibilidade de marcar. E conseguiu.

5-4 - João Campos. Gueve envia um passe comprido e o João vai pela baliza dentro empurrando o esférico, um golo com o seu "quê" de estranho, mas um bom golo. Parabéns.

5-5 João Campos de novo, novamente de cabeça, novamente a culminar um passe de Gueve, gande passe do Gueve. Aliás essa foi a nota dominante. Gueve jogando para o João e muitas vezes com a ajuda do Nuno que, além de central dificílimo de ultrapassar, ainda vai ajudar na frente. Muitos parabéns para o Nuno e não só, claro.

Este empate empurrava o jogo para um nível estonteante, estávamos a chegar aos momentos finais.

Subitamente a defesa dos pretos desorientou-se momentaneamente e sofre um golo inesperado:

6-5 Joli. Foi Joli a aproveitar a desorientação e "afastar" um pouco os pretos.

7-5 Joli de novo. Apesar da luta dentro do campo, apesar do equilíbrio, estes dois golos do Joli vieram acabar com a discussão. Parece-me que o empate teria sido mais razoável para explicar todos os acontecimentos. Mas a bola é assim...

Uma bela tarde.
Mas antes de ir embora quero salientar a exibição do Jorge Rebocho, cada vez mais confiante a receber a bola, dominar e entregar em condições. Excelente. Boa, Jorge.

Depois o João Nuno. Que enorme joga. Gigante. Parabéns.

Nuno, João Campos e Gueve construíram um trio fantástico.
O Neves esteve positivo, não introduziu nada de novo aos jogos anteriores, talvez algo lento.
João Sardão teve lances muito bons e outros menos bons, o que é natural. Entrou em campo algo abatido talvez por motivos profissionais, isso já não sei.

Abel tentou sempre entrar pela ala esquerda  do campo. Lutou com afinco mas acabou por se magoar de novo. Perto do final retirou-se mesmo do campo. Preocupante. Oxalá corra tudo bem.

O novo Ricardo Marques esteve muito bem, uma surpresa agradável, vamos lá a ver se é para continuar.

Nos brancos, além do já falado João Nuno, registe-se a estreia do Morais, uma companhia muito habilidosa e agradável. Boa estreia neste mundo de craques.

Também saliento o Joli com 3 golos, o Pedro Ramalheira a central com mais uma grande joga, o Miguel Bastos.Este último com alguns receios mais do que justificados. Aproveito para dizer que gosto de ver o Pedro Ramalheira a jogar neste lugar, é onde assenta melhor, em minha opinião, claro. Mais uma boa joga.
Do Jorge REbocho já disse. Ele merece.

Artur Calado (central) e   Emanuel (em todo o lado) estiveram ao seu nível habitual, bem, claro. 

Ricardo Campos